Uma cratera aberta desde julho 2022 no cruzamento da Rua Nossa Senhora do Ó com a rua Santo Inácio de Loyola, no bairro Igapó, na Zona Norte de Natal, continua causando transtornos aos moradores da região. A população reclama da demora na obra no local.
O trecho é o mesmo onde uma cratera se abriu em 2019.
Os problemas relatados pela população são vários. A obra atrapalha o fluxo de veículos e pedestres. A cratera tem uma galeria que recebe a água da lagoa do Panatis. No período de chuvas, ela fica cheia, a água transborda e invade as casas. Uma bomba é utilizada para fazer a drenagem. Alguns moradores construíram muretas para tentar evitar que a água entre nas suas casas.
Segundo os moradores, a bomba funciona à noite e o barulho incomoda, assim como o mau cheiro da água parada.
“Fica uma fedentina, o barulho do motor que não deixa o pessoal dormir. Essa água que não sai daqui”, reclama o autônomo Roberto Costeleta.
Uma instalação elétrica com refletores foi feita para iluminar a rua. Segundo os moradores, o objetivo é de que os serviços seguissem também durante o turno da noite, mas eles dizem que isso não aconteceu.
“Todos os dias eles vem trabalhar, mas ficam sentados. Oque eles fazem de dia a chuva de noite desmancha o serviço”, diz o aposentado Francisco Pedro.
Para fugir dos transtornos, o aposentado Francisco Canindé deixou a casa própria para morar de aluguel em outra rua do bairro até que a obra seja concluída.
A técnica de enfermagem Jane Cristina já pensou em se mudar, mas não pôde, porque não consegue tirar os móveis de dentro de sua casa.
“A gente não tem como chegar com compras aqui. Tenho uma neta de três anos que, para sair de casa, a gente tem que segurar na mão. Quero demais me mudar, mas como?”, questiona.
A Secretaria de Infraestrutura informou que as chuvas causaram transtornos, mas as equipes disponibilizaram bombas para que o local seque o mais rápido possível. A pasta ainda negou qua haja falta de material, que as armações já foram colocadas no trecho, mas ainda não houve a concretagem por causa do volume de água que chega à galeria e das ligações clandestinas de esgoto.
A prefeitura não deu prazo para a conclusão da obra.
Fonte: G1RN