O RN encerrou o quinto mês de 2023 com um saldo de 1.758 empregos gerados – a maioria aberta no setor de serviços, que foi responsável por mais de mil novas vagas criadas. Em maio, ocorreram 15.404 demissões no estado, enquanto foram efetivadas 17.162 contratações nesse mesmo período, resultando em um saldo positivo. Esse desempenho deve-se muito ao volume de vagas criadas pelos pequenos negócios. Mossoró foi o município que mais abriu novas oportunidades no mês passado, com 734 novas vagas.
Os dados estão na edição de maio do Mapa do Emprego do RN, publicação mensal elaborada pelo Sebrae no RN, que é baseada nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Esta edição do boletim, divulgada recentemente, aborda os números do mercado de trabalho formal em maio e a quantidade de vagas acumuladas até o quinto mês do ano.
De acordo com o informativo, o saldo em maio é 2,7% maior que o quantitativo do mês anterior e equivale à metade do que foi aberto no mesmo mês do ano passado, quando foram geradas 3.494 novas vagas à época. Até agora, o Rio Grande do Norte acumula um total de 3.560 vagas criadas no ano. Esse volume representa um aumento de 4% no comparativo com o mesmo intervalo – de janeiro a maio – do ano passado, quando o estado registrou a criação de 3.421 postos de trabalhos abertos.
O Mapa do Emprego aponta onde foram criadas as maiores quantidades de novas frentes de emprego. Mossoró foi o município com o índice de geração de vagas no mês passado. Ao todo, foram abertos 734 novos empregos. Segundo melhor saldo foi em Assú, que finalizou o mês com 223 vagas abertas. Espírito Santo, Arês e Macaíba completam o ranking das cinco cidades com os maiores saldos, com respectivamente 125, 124 e 88 vagas.
Na ponta oposta, a lista de localidades em que houve perda de vagas é liderada por Tibau do Sul, que encerrou 86 vagas em maio. São Gonçalo do Amarante perdeu 78 postos de trabalho e Natal também entrou no ranking negativo, com 66 vagas em maio. Já em Ipanguaçu houve um déficit de 53 vagas.
ATIVIDADES. Analisando os números do Caged, o Mapa do Emprego mostra que o setor de serviços se mantém com as atividades que mais empregam no estado. Em maio, o segmento da construção civil foi o maior gerador de novas oportunidades de trabalho, com a contratação de 1.071 novos trabalhadores, sobretudo os serviços de apoio a canteiros de obras de construção de edifícios.
A indústria criou 354 novas vagas, com destaque para o ramo de moda, responsável por 141 novas contratações no período. O setor agropecuário terminou o mês com um saldo de 100 vagas criadas. Somente no cultivo de melão foram efetivadas 149 novas admissões. No comércio, o saldo acabou deficitário em 381 vagas. O ramo de hipermercado foi o que mais demitiu, perdendo 260 postos.
O informativo acompanha ainda a distribuição das vagas do mês por porte das empresas. As microempresas e empresas de pequeno porte, que juntas compõem o segmento dos pequenos negócios, foram responsáveis por criar 1.420 e 246 vagas respectivamente. Esse volume equivale a 94,7% do saldo de vagas do mês. Já as grandes empresas criaram 518 novos empregos. Apenas as médias empresas tiveram desempenho negativo, com a perda de 456 postos no quinto mês.
Brasil registra 155 mil empregos formais em maio
O Brasil registrou, no mês de maio, saldo positivo de 155.270 empregos com carteira assinada. O resultado se explica pela diferença entre os 2.000.202 de admissões e pouco mais de um 1.844.932 de desligamentos. Os dados são do Novo Caged, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgados nesta quinta-feira 29.
Nos primeiros cinco meses do ano foram criados 865 mil postos de trabalho, alcançando um estoque de mais de 43 milhões de empregos formais no país. Apesar dos números positivos, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que o resultado ficou abaixo da expectativa, que era de 180 mil empregos, por causa da política de juros altos praticada pelo Banco Central.
“O que frustrou um número ainda melhor – o número é positivo, temos de lembrar isso, 155 mil não é desprezível de saldo positivo para o mês de maio – porém as nossas previsões eram para números ainda maiores. Trabalhávamos com a previsão mínima da ordem de 180 mil empregos. E é flagrante o que leva a esse processo. É exatamente ausência de crédito e, portanto, a ausência de crédito está vinculada diretamente aos juros praticados.”
Fonte: Agora RN