Greve dos servidores do Detran continua mesmo após decisão judicial, confirma Sindicato

A greve dos servidores do Detran-RN em frente a governadoria continua, mesmo após a determinação judicial, confirmou o Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Indireta do Rio Grande do Norte (Sinai/RN), na tarde desta sexta-feira 21.

Na decisão, o desembargador Expedito Ferreira determinou que os funcionários voltem ao trabalho, sob uma pena de multa de R$ 10 mil por dia. Ele avaliou que a greve, iniciada dia 5 de julho, é “ilegal” e “abusiva”.

De acordo com o Sindicato, a decisão da Justiça “não reflete os fatos” e o debate será feito no âmbito jurídico. A categoria marcou uma Assembleia na próxima terça-feira 25 de agosto para reavaliar a situação. Mas garantem: “Até lá, a greve continua.”

“Ao poder judiciário, questionaremos a decisão. Queremos que aquele poder garanta o direito de greve, que, neste caso, foi causada pelo governo do Estado que descumpre a Lei do Plano de Cargos da categoria, com a correção em 1 de março. Já estamos indo para 1º de agosto. São cinco meses sem resposta do Governo. O debate jurídico será feito”, confirmou o Sinai.

Nesta manhã de sexta-feira, 21, os servidores do Detran-RN se juntaram aos servidores da saúde do estado em um ato unificado em frente à Governadoria. Ambas as categorias estão em greve e reivindicam reposições salariais, realização de concursos públicos e maior valorização dos trabalhadores.

O Sindicato informou que os trabalhadores seguirão acampados no local, buscando negociar com o Governo do Estado. Contudo, a categoria discutirá a estratégia da greve durante a Assembleia, o que pode acarretar modificações no local e no próprio formato da paralisação.

Governo diz que paralisação do Detran provocou danos ao usuário

De acordo com o Governo do Estado, a greve causou graves prejuízos aos usuários e que não há uma “motivação válida” para a paralisação, alegando que as reivindicações são comuns em um processo normal de negociação.

O Estado declarou ainda que o Sinai-RN não estipulou um quantitativo mínimo de funcionários para garantir a continuidade da prestação dos serviços essenciais no órgão, causando prejuízo a população.

Agora RN

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