Conselho aprova aumento da passagem de ônibus para R$ 4,50 em Natal

O Conselho Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana de Natal autorizou, nesta quinta-feira (9), o reajuste da tarifa do transporte público da capital para R$ 4,50. O aumento é de 14,47%.

A proposta segue para análise do prefeito Álvaro Dias, que poderá vetar ou acatar e publicar o reajuste no Diário Oficial do Município nos próximos dias.

A Secretaria de Mobilidade Urbana informou que a previsão é que o reajuste passe a valer a partir da próxima segunda-feira (13).

“Vou fazer o encaminhamento hoje (quinta, 9) ao prefeito Álvaro Dias e muito provavelmente a partir da próxima segunda-feira (13) valerá a nova tarifa em Natal, de R$ 4,50, tanto na bilhetagem eletrônico quanto para pagamento em espécie”, afirmou Daliana Bandeira, titular da pasta.

A nova tarifa deverá ser a mesma para pagamento em dinheiro ou com cartão do sistema municipal. Atualmente a tarifa custa R$ 3,90 para pagamento com cartão e R$ 4 para pagamento em dinheiro.

A proposta de reajuste foi aprovada com 25 votos sim, incluindo a cadeira da Câmara Municipal, e cinco votos não, entre eles, de representantes estudantis.

O último reajuste da tarifa do transporte público da capital potiguar aconteceu em maio de 2019. Em fevereiro de 2020, o Conselho chegou a aprovar um novo reajuste para R$ 4,35, porém o prefeito voltou atrás e revogou o aumento.

Pela primeira vez, a tarifa pública, paga pelos usuários será diferente da tarifa técnica – que é o quanto as empresas devem receber do município pelos usuários. A tarifa técnica ficou definida em R$ 4,95. A diferença deverá ser compensada com o abatimento de dívidas e débitos das empresas com o município.

Segundo a prefeitura, as dívidas das empresas com o município somam cerca de R$ 35 milhões.

Em dezembro de 2022, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Natal (Seturn) apresentou à Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (STTU) uma proposta de reajuste da tarifa de ônibus para R$ 4,85, alegando aumento das despesas e redução do número de passageiros ao longo dos últimos anos.

“Chegou um momento em que estava insustentável. Um pneu entre 2019, que foi o último cálculo tarifário, e 2023, sofreu um reajuste de mais de 90%. O óleo diesel, foi em torno de 50%. Então estava impraticável os valores das tarifas de 2019 com os valores de agora de 2023”, afirmou Daliana.

G1RN

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