Após extensa campanha de vacinação promovida pela Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape/RN), por meio do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária (Idiarn/RN), junto aos agropecuaristas do RN, no período de 15 a 30 de abril, o estado alcançou, por meio de portaria do Ministério da Agricultura e Agropecuária (Mapa), o status de livre da Febre Aftosa sem vacinação.
Com esse reconhecimento, o Rio Grande do Norte passa a compor a lista de estados brasileiros que, já a partir do próximo semestre, não dependerá mais de campanhas de vacinação contra a doença, uma vez que seu rebanho bovino e bubalino alcançou um número significativo de animais imunizados. Isso reforça o compromisso do Governo do RN em garantir a sanidade animal, protegendo a população e a economia do estado.
Segundo o titular da Sape/RN, Guilherme Saldanha, o fato é muito importante, pois o RN possui um rebanho de excelente qualidade, mesmo que com um tamanho considerado pequeno quando comparado a outros estados. “Por exemplo, no dia 1º de maio, na maior exposição de gado Zebu do Brasil, animais do RN foram vencedores em várias categorias, entre várias raças. Sem esse reconhecimento do Mapa, esses animais ficariam proibidos de serem transportados do nosso estado para outros do país. O momento agora é de celebrar o que essa portaria vai proporcionar de avanço econômico para pequenos, médios e grandes criadores ”, comemorou Saldanha.
Benefícios para os produtores
Para o diretor geral do Idiarn/RN, Mário Manso, a portaria do Mapa é fruto de um trabalho sistemático realizado pelo órgão e que será benéfico em diferentes escalas. “Já não registramos casos de Febre Aftosa no RN há mais de 20 anos. No entanto, a vacinação semestral era obrigatória para manter esse reconhecimento de área livre da doença. A mudança desse status para uma área livre sem vacinação valoriza a produção agropecuária e abre portas para novos mercados, nacionais e internacionais, equiparando o Rio Grande do Norte a outros estados que já possuíam o selo e nos tornando fornecedores de produtos de origem animal”, detalhou o diretor.
Para os produtores rurais, as vantagens são inúmeras: a economia em não precisar mais comprar a vacina e pagar mão de obra especializada para a sua aplicação, podendo redirecionar esse investimento para outras áreas da sua criação. Além disso, os animais também poderão transitar livremente para outras regiões, facilitando o comércio desse rebanho.
Declaração dos animais vacinados
Apesar do reconhecimento, o trabalho dos produtores referentes a essa última campanha ainda não acabou. É de extrema importância que os animais vacinados sejam declarados até o dia 15 de maio, em qualquer escritório Idiarn/RN, Emater/RN ou as secretarias de agricultura dos municípios, pois esta declaração é requisito essencial para que esse selo seja validado pela Organização Mundial de Saúde Animal e, assim, o Brasil seja considerado um país livre da Febre Aftosa sem vacinação por inteiro.
Novo Notícias
Foto: Reprodução