A Prefeitura do Natal sancionou a lei Nº 7.742, que autoriza a concessão gratuita do Teatro Municipal Sandoval Wanderley ao Serviço Social do Comércio (Sesc) do Rio Grande do Norte, nessa segunda-feira (9). O período de concessão deve ter duração mínima de 20 anos, podendo ser prorrogado a depender do interesse do poder público e do Sesc/RN. As informações constam no Diário Oficial do Município.
De acordo com a lei aprovada, a concessão do imóvel deve conter a previsão de que a nova administração do teatro promova uma exposição permanente dos acontecimentos históricos ocorridos no local, desde sua inauguração. Aliado a isso, enquanto durar a Concessão, deve ser assegurado que grupos teatrais locais tenham preferência na reserva dos espaços do equipamento para a realização de ensaios de forma gratuita.
A aprovação da Lei nº 7.742 acontece após a Câmara Municipal de Natal aprovar no último dia 14 de agosto, com 21 votos favoráveis, o projeto de lei que prevê a concessão gratuita do Teatro Sandoval Wanderley ao Sesc/RN. Entre as principais expectativas aguardadas com a proposta, está a preservação e promoção de atividades culturais no bairro do Alecrim.
Ao todo, a Prefeitura do Natal investiu cerca de R$ 6 milhões na recuperação do equipamento que agora vai contar com o nome do Sesc no seu nome. “A entidade concessionária [Sesc/RN] responderá por todos os encargos civis, administrativos e tributários que venham a incidir sobre o imóvel objeto da concessão a que se refere esta Lei”, reforça a lei da concessão.
Histórico
O Teatro Sandoval Wanderley, erguido no fim dos anos 1950 e inaugurado em 1962, surge à época como o segundo mais antigo em atividade na capital potiguar, cedendo apenas para o Teatro Alberto Maranhão, construído em 1904. Sua denominação homenageia Sandoval Wanderley, figura proeminente no panorama cultural local, cujas contribuições abarcaram a poesia, o jornalismo, a escrita, a atuação, a dramaturgia e a direção teatral.
Localizado no bairro do Alecrim, zona Leste de Natal, o teatro foi concebido como um instrumento de inclusão cultural para a população menos privilegiada, e desde 2017 passou a ser considerado patrimônio imaterial da capital potiguar. Por estar inserido em um dos centros comerciais e residenciais mais relevantes da cidade de Natal, sua reabertura é fortemente aguardada pelos locais por se tratar de um importante propulsor para o desenvolvimento das atividades comerciais e turísticas da região.
Tribuna do Norte
Foto: Adriano Abreu