Após novo adiamento, as obras do Complexo Turístico da Redinha devem ser concluídas até março, informou a Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura de Natal (Seinfra). Prevista inicialmente para terminar em setembro, o equipamento segue em obras, o que paralisa o movimento no comércio local. Os serviços no espaço estão divididos em cinco lotes e incluem a construção do complexo central e de um espigão, enrocamento da praia, serviços de iluminação, pavimentação asfáltica, construção de calçadas no entorno e um setor dedicado ao artesanato.
Para quem trabalha ou visita a praia, a expectativa pela conclusão dos trabalhos é grande. O vendedor de peixes Luiz Antônio diz que as vendas caíram cerca de 60%, mas confia na retomada quando o complexo estiver recebendo visitantes. “Vai ficar bom demais para quem vem para a praia. Quem vinha aqui para tomar uma cerveja, não vem mais, mas isso vai voltar”, conta.
O vendedor ambulante Francisco Silva, que trabalha na região há cinco anos, sobrevive da venda de lanches e café para os trabalhadores da obra e pescadores, uma vez que não há visitantes na praia. “Caiu tudo de movimento, hoje a gente vive vendendo um pastel, uma coxinha, para o pessoal que trabalha aqui, mas a obra vai sair e vai ficar muito bom, mesmo com esse atraso todo. Ainda não sei como vai ficar a questão dos ambulantes aqui, mas estou torcendo para que fique pronto logo”, diz.
O Complexo Turístico da Redinha terá em seu escopo dois andares com 33 boxes (no antigo mercado, eram 29), seis restaurantes, praça de alimentação, mirante, píer, deck para embarcações e varanda panorâmica. As obras do complexo central (novo mercado), iniciadas no começo deste ano, estão orçadas em R$ 10,9 milhões.
Além disso, de acordo com Carlson Gomes, titular da Seinfra, no espaço do antigo Clube da Redinha, funcionará o centro de artesanato com quatro lojas externas e cinco quiosques internos. A Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes terá nova cerca e o quebra-mar (espigão) contará com um mirante “especial e moderno”.
Maria Doralice, que tem um mercadinho na região do Mercado da Redinha, também tem esperança de melhoria para a região com a revitalização do equipamento turístico. “Hoje a gente não vende muita coisa, mas a esperança é que melhore bastante, mesmo com todo esse atraso. Acho que vai ajudar muito, a praia aqui é muito bonita”, comenta.
Complexo Turístico da Redinha
- R$ 25 milhões é o valor total da obra;
- R$ 10 milhões é o do mercado novo;
- Novo mercado terá dois andares com 33 boxes, seis restaurantes, praça de alimentação, mirante, píer, deck para embarcações e varanda panorâmica;
- Antigo Clube da Redinha abrigará o centro de artesanato com quatro lojas externas e cinco quiosques internos;
- Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes terá nova cerca e o quebra-mar (espigão) terá um mirante.
Tribuna do Norte