Professores da UFRN entram em greve por tempo indeterminado a partir desta segunda

Professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) aderiram à greve nesta segunda-feira 22, conforme anunciado pelo sindicato da categoria. Eles se juntam aos técnicos-administrativos da instituição, que estão em paralisação desde 14 de março.

A decisão pela greve dos professores foi tomada através de um plebiscito conduzido pelo sindicato na semana passada, com mais de 60% dos votos a favor da paralisação. A UFRN possui aproximadamente 2,5 mil docentes.

A paralisação pode impactar até 52,7 mil alunos de graduação, pós-graduação e cursos técnicos oferecidos pela universidade.

No contexto nacional, mais de 50 universidades e quase 80 institutos federais estão em greve. Entre eles, estão o IFRN e a Ufersa, ambos no Rio Grande do Norte. Na Ufersa, no entanto, apenas os técnicos suspenderam suas atividades. O sindicato Adurn, que representa os professores da UFRN, reivindica:

  • Reajuste linear para os servidores públicos federais de 7,06% em 2024, 7,06% em 2025 e 7,06% em 2026, totalizando um aumento de 22,8%.
  • Reestruturação das carreiras do magistério superior e ensino básico, técnico e tecnológico.
  • Recomposição do orçamento das instituições federais de ensino.

O reitor José Daniel Diniz Melo conduziu uma reunião com gestores da universidade na última sexta-feira (19) para discutir as atividades durante a greve dos servidores.

Ao contrário do IFRN, que suspendeu o calendário de aulas, a UFRN decidiu, a princípio, não cancelar o calendário universitário.

Em nota, a universidade afirmou: “Nesse sentido, as atividades administrativas e acadêmicas permanecem, respeitando a decisão de cada técnico e docente pela adesão ou não à greve.” Possíveis ajustes no calendário serão considerados após o fim da greve, conforme informado pela instituição.

Além disso, a UFRN comunicou que a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progesp) estabeleceu uma Comissão Interna de Mediação Organizacional durante a paralisação, visando manter um diálogo contínuo com os servidores para lidar com questões durante o período de greve.

 

Agora RN

Foto: Reprodução

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