Flávio Veras distribui carreta de bebida para apresentar nova filha como candidata

O ex-prefeito de Macau, Flávio Veras, promoveu uma festa neste sábado (20), com a distribuição gratuita de uma carreta de bebida e muita comida. O motivo oficial era seu aniversário, mas quem conhece a política de Macau sabe das verdadeiras intenções dele.
Em seu convite, feito nas redes sociais e carros de som, Flávio anunciou a disponibilização de cem carros de mãos para transportar os bêbados e fez um alerta às mulheres convidadas.
“Não vão de saia! Porque se for precisar do carro de mão, não vai dar certo, né?! As aberturas de pernas não vão dar certo. Vista short, porque se você ficar bêbada não vá se estressar”, disse o ex-prefeito.
Traição
Flávio aproveitou a ocasião para alavancar a candidatura a prefeito de Flávia Tavares, sua filha de um relacionamento extraconjugal que mora em Recife, onde trabalha como dentista.
Sem poder ser candidato porque foi preso por corrupção, Flávio lançou em seu lugar o nome da filha Flávia Veras. Ele vinha trabalhando o nome dela há meses e advogada liderava as pesquisas.
Na cidade, dava-se como certo, entretanto, que ela não seria candidata, apesar do ex-prefeito dizer o contrário. Há alguns dias, Flávia desistiu da disputa eleitoral.
Pessoas próximas a ela garantem que a advogada não queria correr o risco de, caso eleita, ser presa como o pai e o ex-prefeito Kerginaldo Pinto, indicado e manipulado por Flávio Veras. Ser processada e até presa sepultaria o sonho de Flávia Veras de se tornar juíza.
Sem outros nomes em Macau para substituir a filha advogada, Flávio foi buscar a outra Flávia em Recife.
O fato novo na campanha eleitoral de Macau tem provocado reações de protesto de parte da população, sobretudo, dos eleitores do ex-prefeito, que se sentiram enganados por ele.
Grafith
Ele permanece inelegível depois de ser preso por agir como mentor de um esquema que desviou R$ 12 milhão e 200 mil dos cofres da prefeitura de Macau. Flávio foi investigado e condenado na chamada Operação Máscara Negra.
Segundo o Ministério Público, quando foi prefeito e, mesmo quando deixou a prefeitura, mas continuou mandando, ele cometeu os crimes de peculato, desvio de verbas públicas e ausência de licitação na contratação de bandas para eventos como o carnaval.
Esse fato impediu, por exemplo, que a Banda Grafith fosse proibida de ser contratada pela prefeitura e de se apresentar na cidade. Flávio ainda tem ainda  outros processos contra ele.

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