A Polícia Federal (PF) prendeu em Minas Gerais, na noite desta segunda-feira, 23, Antônio Cláudio Alves Ferreira, suspeito de quebrar um relógio histórico no Palácio do Planalto, em Brasília, durante ataques às sedes dos Três Poderes no último dia 8.
“A Polícia Federal prendeu no início da noite desta segunda (23), em Uberlândia/MG, o homem filmado ao destruir relógio histórico, trazido ao Brasil em 1808, durante os atos do dia 8/1. A prisão preventiva foi solicitada pela PF e autorizada pelo STF no âmbito da Op. Lesa Pátria”, informou a Polícia Federal.
Ainda de acordo com a PF, o preso será interrogado na delegacia da Polícia Federal, passará por audiência de custódia e depois será encaminhado ao sistema prisional.
Antônio Cláudio Alves Ferreira, de 30 anos, mora em Catalão, no sudeste de Goiás, e era considerado foragido.
Apesar das investigações sobre os ataques às sedes dos Três Poderes serem conduzidas pela Polícia Federal, a Polícia Civil de Goiás informou que recebeu informações anônimas sobre o paradeiro de Antônio.
“A Polícia Civil de Catalão recebeu duas ligações na terça-feira pela manhã, de maneira anônima, nas quais duas pessoas diziam que sabiam quem era o indivíduo que havia danificado aquele objeto nas manifestações em Brasília. A Polícia Civil realizou uma checagem nos nossos sistemas internos, conferimos a existência desse indivíduo com o nome completo, com todos os seus dados e registros”, explicou o delegado Jean Carlos Arruda em entrevista ao Fantástico, da TV Globo.
De acordo com os investigadores, o carro de Antônio Cláudio saiu de Catalão no dia 1º de janeiro e chegou em Brasília na madrugada do dia 2. Após os atos golpistas, o veículo retornou para Catalão.
Imagens das câmeras de segurança do Palácio do Planalto flagraram o momento em que Antônio joga a peça histórica no chão. Antônio tem passagens pela polícia por tráfico de drogas, em 2017, e por receptação, em 2014, mas os processos foram arquivados.
Relógio raro
O relógio Balthazar Martinot é do século 17 e foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI. A peça foi desenvolvida por Martinot, que era relojoeiro de Luís XIV, que foi rei da França entre os séculos 17 e 18. Atualmente, existe apenas um relógio desse autor, cujo modelo está exposto no Palácio de Versailles, na França.
Fonte: Portal Terra