Novo golpe do Pix tem invasão fake de conta bancária e acesso de dados

Clientes de banco têm relatado, nas redes sociais, um novo tipo de golpe envolvendo o Pix. Segundo eles, criminosos ligam para as supostas vítimas e, para convencê-las a fazerem uma determinada transferência bancária, citam dados sigilosos e valores exatos de movimentações anteriores na conta.

Os autores da fraude usam, inclusive, uma convincente trilha sonora semelhante às de chamadas de telemarketing.

Em resumo, a tentativa de golpe funciona assim:

💸 O criminoso liga para um cliente de banco e diz algo como: “Sou funcionário da instituição, sua conta foi invadida e retiraram os valores X, Y e Z”. Essas transações, obviamente, são falsas, mas a vítima ainda não sabe.

Em seguida, o autor da fraude lista informações sigilosas da pessoa, enumerando dados do extrato, valores precisos de débitos automáticos, transferência via Pix etc. Tudo para induzir a vítima a cair na armação.

⚠️ O objetivo é persuadir a vítima a fazer transferências nos mesmíssimos valores de X, Y e Z para contas de criminosos. O argumento? “O banco vai reconhecer a duplicidade das transações e cancelar tudo.”

Em posts publicados no Twitter nesta quarta-feira (8), a jornalista Marcella Centofanti contou que quase caiu na armadilha ao receber telefonema de um homem que se passava por funcionário do Itaú. Na conversa, de acordo com ela, o golpista “citou o que saiu e entrou na minha conta nos últimos dias”. “[Mencionou] Pix que eu fiz e recebi, com nomes e valores, além de débitos automáticos precisos nos centavos.”

Centofanti também escreveu que, quando a conversa era entrecortada por pausas, “entrava aquela musiquinha que a gente escuta quando liga pro Itaú” (leia mais abaixo).

Em nota, o Itaú Unibanco afirmou que “tem a segurança e a proteção de dados como prioridades e investiga de forma minuciosa todos os casos reportados por seus clientes” e que “o resultado das análises relacionadas a este caso não apontou falhas internas, tampouco a possibilidade de participação de funcionários do banco” (leia a íntegra do comunicado mais abaixo).

Procurada pelo g1, Marcella Centofanti não havia respondido até a última atualização desta reportagem.

Relato de tentativa de novo golpe

Segundo Centofanti, o falso funcionário era articulado e manteve um tom de voz calmo enquanto tentava enganá-la dizendo que se tratava de um alerta após identificar que a conta havia sido invadida.

Ela disse que só desconfiou do golpe quando a pessoa pediu para que ela fizesse uma transferência com o mesmo valor que um golpista havia feito. Dessa forma, segundo o golpista que se passava pelo funcionário do Itaú, o banco reconheceria a duplicidade da transação e cancelaria a operação.

Fonte: Portal G1.

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