O número de mortes após as fortes chuvas que atingiram o litoral norte de São Paulo chegou a 48 na manhã desta quarta-feira (22). Outros 57 estão desaparecidos, segundo o balanço da Defesa Civil do estado. As buscas por sobreviventes entraram no 4º dia.
Este é o maior nível de chuva registrado na região. O temporal, que causou os maiores estragos no domingo, deixou mais de 2.500 desalojados ou desabrigados. A identificação das vítimas segue nesta quarta-feira.
A maior parte dos atingidos está em São Sebastião, a primeira cidade do litoral a ter calamidade pública decretada. Caraguatatuba, Guarujá, Bertioga, Ilhabela e Ubatuba também impuseram o status na segunda-feira.
A medida facilita a chegada de recursos para atendimento e recuperação.
Os estragos também impactam na circulação e comunicação nas seis cidades mais atingidas. Estradas seguem parcial ou totalmente bloqueadas.
Falta de água
Moradores de Boiçucanga, bairro fortemente afetado pelo temporal do fim de semana em São Sebastião, no litoral norte paulista, estão sem água para beber. Para garantir o abastecimento da população, a associação de pescadores local se organizou para transportar garrafas de água até a comunidade.
Das torneiras, a água sai marrom, cheia de terra dos deslizamentos.
Com a falta de água potável, alguns comerciantes tentaram se aproveitar da situação. “Os comerciantes estão alugando barcos de Barra de Una para Boiçucanga e vendendo a água por um absurdo”, diz.
Um grupo de turistas confirmou que havia quem quisesse cobrar R$ 98 por um galão.
Caminhões-pipa
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) diz que está trabalhando para reestabelecer o abastecimento de água em todo o litoral norte, com equipes em Boiçucanga.
Em São Sebastião e Ilhabela, 31 caminhões-pipa fazem, de acordo com a empresa, o abastecimento emergencial nos locais mais afetados pelas chuvas.
Fonte: Portal da 98 FM.