A empresa ispace tentará fazer um pouso histórico na Lua nesta terça-feira (25). Se tudo ocorrer bem, ela será a primeira companhia privada a colocar um módulo de pouso na Lua, segundo a agência France Presse.
O objetivo inicial da empresa é explorar a região lunar e, no futuro, trabalhar com o envio de cargas, inclusive da Nasa, a partir de 2025, segundo a agência Reuters.
O módulo Hakuto-R Mission 1 já está em órbita desde o mês passado – por isso, não haverá decolagem. Ele foi lançado em dezembro da Terra por um foguete Falcon 9, da SpaceX, do bilionário Elon Musk.
Ele iniciará a descida em direção ao satélite natural da Terra, por volta de 12h40 (horário de Brasília).
O módulo vai desacelerar sua órbita cerca de 100 quilômetros acima da Lua e ajustará sua velocidade e altitude para um “pouso suave” quase uma hora depois (13h40 pelo horário de Brasília).
Ele está transportando um automóvel, batizado de “Rashid”, semelhante a um jipe, que tem quatro rodas e foi produzido por uma empresa dos Emirados Árabes Unidos. Também estão enviando um robô lunar criado pela agência espacial japonesa, a JAXA. Ambos andarão por alguns dias na Lua.
O sucesso não está garantido. Em abril de 2019, a empresa israelense SpaceIL observou a queda de seu módulo na superfície da Lua.
A ispace anunciou três pontos de alternativos de pousa na lua e, dependendo das condições, também pode adiar a data do pouso para 26 de abril, 1 ou 3 de maio.
Módulo está em órbita desde março
O módulo, de apenas três metros de altura e com 340 quilos de peso, está em órbita lunar desde o mês passado. Foi lançado em dezembro da Terra por um dos foguetes Falcon 9 da SpaceX.
Até hoje, apenas Estados Unidos, Rússia e China conseguiram colocar um robô na superfície da Lua, em todos os casos em programas desenvolvidos pelo governo.
O modelo transporta vários veículos lunares, como jipes, incluindo um modelo em miniatura japonês de apenas oito centímetros.
O projeto foi um dos cinco finalistas da competição da Google Lunar X para pousar um veículo na Lua até 2018, prazo que expirou sem um vencedor.
Com apenas 200 funcionários, a ispace afirma que “deseja ampliar a esfera da vida humana ao espaço e criar um mundo sustentável, fornecendo serviços de transporte de alta frequência e baixo custo para a Lua”.
Seu fundador afirma que a missão estabelece “as bases para liberar o potencial da Lua e transformá-la em um sistema econômico robusto e vibrante”.
A empresa acredita que a Lua pode receber uma população de 1 mil pessoas em 2040, além de 10 mil visitantes por ano.