Hospital pediátrico de Natal será fechado; SMS alega corte de gastos

Na manhã desta terça-feira (12), a Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) confirmou que os serviços do Hospital Pediátrico Nivaldo Júnior, em Candelária, serão transferidos para o Hospital Maternidade Araken Irerê Pinto, em Petrópolis. O fechamento da unidade já havia sido denunciado horas antes pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde), que reprovou a ação. O prédio onde funcionava a unidade de Saúde era alugado e será devolvido.

Hospital Pediátrico Nivaldo Júnior será fechado
Reprodução

De acordo com a nota divulgada pela SMS, a medida se dá em função da necessidade de racionalizar recursos humanos, estruturais e financeiros, para que o município possa manter a sua “política de alto investimento no setor” que, conforme a secretaria, corresponde a mais de 33% do orçamento da Administração Municipal, mais que o dobro do índice obrigatório constitucionalmente (de 15% do orçamento).

Por outro lado, o Sindsaúde se manifestou através das redes sociais. O diretor Marcelo da Silva criticou a medida. “É uma perda incalculável para o município de Natal, que já vem sofrendo com os fechamentos de serviços de saúde. Temos muitos ataques da Prefeitura em relação a fechamentos, e na saúde é agravante, porque Natal não dispõe de um hospital municipal ou geral. Nenhum tipo de hospital, na verdade. Só temos unidades de pronto atendimento, uma mista e unidades básicas de saúde”, lamentou Marcelo da Silva, diretor do Sindsaúde.

Marcelo da Silva também reprovou que a transferência de leitos para o Hospital Maternidade Araken Irerê Pinto. “Estão pegando crianças com sintomas de doenças respiratórias em sua maioria, e jogando dentro de uma maternidade onde o recém-nascido não deveria ter contato com essas doenças. Os pacientes não têm nenhum tipo de imunidade, de defesa imunológica para ajudar as patologias do dia a dia”, disse.

A Tribuna do Norte questionou a SMS sobre a possibilidade de risco gerado pelo remanejamento desses pacientes. O órgão afirmou que o movimento não é arriscado, pois os pacientes ficarão em andares diferentes. Em relação a um possível desligamento de funcionários, a secretaria indicou somente que não haverá descontinuidade de nenhum serviço.

Fonte: Tribuna do Norte

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