O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, vistoriaram nesta segunda-feira (1º), no Rio Grande do Norte, a obra do Ramal do Apodi, uma das estruturas do Programa de Integração do São Francisco (Pisf).
Essa é a primeira visita de Lula ao RN após assumir o terceiro mandato como presidente da República, em janeiro deste ano. Após a visita ao Ramal, ele seguiu para um palanque em Luís Gomes, onde apoiadores e aliados políticos o esperavam.
No discurso, Lula defendeu a realização do projeto de transposição do Rio São Francisco e citou a demora para que a obra – cujo projeto primário existe desde 1847 – fosse colocada em prática.
“O Rio São Francisco não é de ninguém, é do Brasil, do povo brasileiro. Ele nasce em Minas Gerais e desagua no Nordeste. Nós temos que fazer com que essa água, antes de chegar ao mar, seja repartida para 12 milhões de pessoas que moram no setor mais seco do país. E assim tomei a decisão de fazer”, disse o presidente.
“Não pense que foi fácil, foi muito difícil. Quando eu venho a uma cidade como Luís Gomes, e vou visitar um buraco que vai ter 6 quilômetros de comprimento, que vai passar um pouco da água para levar pra 54 cidades, eu fico realizado. Porque é um sonho realizado ver o povo nordestino tomar água tratada, ter água pra cuidar da sua cabrinha, do seu jumento, do seu bode. A gente não pode ficar dependendo de carro-pipa”, completou.
O Ramal do Apodi teve sua obra iniciada há dois anos. Atualmente, está com 27% da execução concluída. A previsão é que o empreendimento se estenda por 52 meses, a contar do seu início, e a visita desta sexta-feira marca justamente a metade do tempo estimado para sua conclusão.
Quando concluído, em 2025, o ramal vai beneficiar 750 mil pessoas em 54 municípios dos estados da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. Segundo o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, o investimento é de R$ 1,3 bilhão.
O agricultor Edilson de Oliveira França, do município de José da Penha, que fica no Alto Oeste do RN, esteve no evento e lembrou que já acompanhou momentos críticos de seca no estado. Ele acredita que a obra trará uma garantia hídrica para a região.