Mulher descobre gazes dentro do corpo quase um mês após parto e acusa erro de maternidade na Grande Natal

Uma mulher de 26 anos acusa a equipe de saúde do Hospital Maternidade Divino Amor, uma unidade pública em Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal, de ter “esquecido” gazes dentro dela durante o parto do primeiro filho, que ocorreu há 24 dias.

O marido dela – que, assim como a mulher, preferiu não se identificar – contou que a esposa percebeu a situação após sentir fortes dores no corpo e um odor estranho nesta semana. Em casa, eles encontraram e retiraram pelo menos seis gazes.

Em nota, a prefeitura de Parnamirim, responsável pela unidade de saúde, disse que a Maternidade Divino Amor está apurando os fatos através da equipe médica e registros documentais.

“Se houver confirmação de negligência médica, o caso será encaminhado para o Comitê de Ética Médica Hospitalar vinculado ao Conselho Regional de Medicina para os devidos encaminhamentos”, informou em nota.

O marido disse que as dores aumentavam a cada retirada de gaze e que a mulher chorou muito. Após exames, ela foi diagnosticada com infecção urinária.

“Ela estava sentindo fortes dores, estava falando que estava sentindo incômodo, e um forte odor. Quando eu verifiquei, na mesma hora eu percebi que eram gazes. Que já tinha um pouco saindo. E naquele momento a gente ainda conseguiu puxar seis gazes de dentro dela”, disse.

“Mas, conforme ia saindo, as dores iam aumentando. E ela começou a chorar muito”, comentou.

Ao perceber a situação, o casal retornou à maternidade, onde, segundo os dois, a equipe retirou pelo menos mais duas gazes.

O marido disse que o casal jamais imaginaria a situação. “Não passava pela cabeça da gente que teria ficado gazes dentro dela, porque o parto dela foi um parto normal”, disse.

Os pais contaram que o bebê, o primeiro do casal, está bem, mas que a mãe está traumatizada.

Por conta da infecção urinária com a qual foi diagnosticada, a família disse que vai buscar atendimento na rede privada, por não confiar mais no serviço público.

G1RN

 

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