Facção criminosa movimentou cerca de R$ 4 milhões em lavagem de dinheiro, diz polícia

Forças de segurança federais e do Rio Grande do Norte deflagraram na manhã desta quinta-feira (28) uma operação que visa desarticular um esquema de lavagem de dinheiro para financiamento de uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios do estado. Pelo menos 7 pessoas foram presas.

As investigações da Operação Cash duraram oito meses. Segundo a Polícia Civil, o grupo criminoso teria movimentado aproximadamente R$ 4 milhões no período.

Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos R$ 180 mil na casa de um homem apontado como um dos principais chefes da organização criminosa, em Natal.

Segundo a polícia, a Justiça do Rio Grande do Norte emitiu ordem de bloqueio de 14 contas correntes de pessoas físicas e jurídica, 11 mandados de buscas e oito mandados de prisões.

Pelo menos 7 pessoas apontadas como chefes da organização foram presas, segundo a Polícia Civil. Os mandados foram cumpridos em Natal e Mossoró.

O esquema

O trabalho realizado pelas Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado de Natal e Mossoró indicou a existência de um esquema de lavagem e arrecadação de dinheiro, que se iniciava com a cobrança e arrecadação de mensalidades e pagamento de “franquia” por pontos de vendas de drogas para a facção.

Em contrapartida, a facção criminosa permitia as atividades ilícitas, principalmente tráfico de drogas, e dava proteção aos seus membros, segundo a polícia.

Durante o período de investigação o grupo criminoso chegou a movimentar, aproximadamente, R$ 4 milhões.

Ainda de acordo com os investigadores, foram identificados e presos os principais operadores do esquema, que tiveram suas contas bloqueadas judicialmente.

Conforme a Polícia Civil, a investigação poderá resultar no indiciamento de 13 pessoas pela prática dos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação para o tráfico.

As Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado compõem a estrutura da Polícia Federal e são formadas por policiais federais, servidores da Secretaria Nacional de Políticas Penais, Polícia Civil e Polícia Militar do RN, além da Secretaria de Administração Penitenciária do estado e Instituto Técnico-Científico de Perícia.

G1RN

Deixar uma resposta